Nunca fiz distinção dos dias, sempre os tive como: todos meus preferidos. Exceto a segunda, aos outros dava preferência igual, remetia muito aos discursos de mães “gosto de todos os filhos da mesma forma” ou ainda “tem coisa que gosto mais em um, tem coisa que gosto mais em outro, mas no geral todos me encantam”. Mas não posso negar que ultimamente me encantei pela sexta-feira.
Sinto em não saber descrever a anseios e angustia da minha sexta. Para muitos o fim de mais uma jornada, trazendo consigo o alívio do término da semana e do cansaço do trabalho, para mim não.
Porque definitivamente ela não é mais só o dia que antecede o sábado, isso era antes, em que os dias passavam inertes, oscilantes e céleres.
É o dia em que as horas passam arrastadas e os minutos não passam. O mundo resolve aparecer, é o dia de mais trabalho, é o dia mais árduo. Mas, sobretudo a sexta é a espera. É o dia do “vir vindo no vento” e o dia em que “eu já escuto teus sinais”, a esperança absoluta que reflete no meu sorriso e no meu olhar. A ESPERAnça de que tudo será compensado e recompensado a partir da possibilidade de sentir teu cheiro, tocar as mãos, as tuas mãos, olhar os olhos, teu olhos...sentir o tremor da tua presença perturbadora da paz, todas as sensações vindas ao mesmo tempo e em progressão, como tempestade grande que sempre vem acompanhada de chuva, ventos, trovões e raios; é sexta,definitivamente, é o dia em que eu sinto a tua presença mais forte e latente.
Temo que os outros dias se tornem invejosos da minha nova preferência.
Temo que todos os dias se tornem sextas-de-ESPERAnça.
Por Alberta de Melo
2 comentários:
Bem inspirada em irmã!!!!...Texto LINDOO!!!Adoro a sexta-feira tb...=)
obrigada pela vista e pelo link!
aqui, diferente de lá, é um cantinho de sensibilidades. num a gente ri, no outro se enternece.
:D
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