terça-feira, 9 de março de 2010

mil pensamentos em 1 minuto

"Eu queria um fim que nunca acabasse,
Eu queria um meu que fosse meu e teu,
Eu queria mais 1 para fazer 2." LIli

Não sou muito de texto, mas tive um pensamento que não fazia muito a cara de poesias.
Cá estava eu era por volta das 3:40 da madrugada, um calor desses que só faz no meu quarto, nos meus pensamentos e nos meus escritos.
Cá estava com meus queridinhos Chico, Garcia Marquez e OTTO. Eles sempre me trazem pensamentos vil e reles, me sinto uma verdadeira Matilde(Leite Derramado) e assim nessa agradabilíssima companhia, me coloquei a pensar assim.

Cá e bem aqui. É todo mundo tem um momento de falta de amor, eu sei!? A questão não é viver muitos amores, basta 1momento único que te arranque coisas ruins e pronto a desgraça esta feita. raridades da natureza humana "eu não te amo mais". e ai como faz? como se desAMA, eu juro não sei desAMAR. Me dei muito MAL.
E agente acaba se predendo a saudades, a umas cores que tinha quando pensava e estava com nos dois...

Pela manhã eu me fazia cor de Rosa, só para tirar aguele amarelo que vc não gostava,
A tarde tinha assim um marron que eu não poderia evitar, axo que pela sua falta
a noitinha quando vinha deitar ao meu lado, era um vermelho paixão (certamente a que eu mais gostava)
Daí quando acabava todas as cores sempre pedia para vc escolher uma cor, uma que você gostasse só para não te ver ir. Mas vc sempre ia!!!

Da primeira vez dói, sempre dói mais da primeira vez e nunca passa, não vai passar?
Meus pensamentos aleatórios mas acho que queria dizer assim:

OTTO. " Não precisa falar, nem saber de mim. E até para morrer você tem que existir..."

acho que estou forçando muito meus escritos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Guardado pra logo mais

"..E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar.."

(Chico Buarque - Quando o carbaval chegar)


Vingança teu nome é mulher. Teu nome é espera. Teu nome é trabalho duro. Teu nome é conquista. Teu nome é esforço e estudo. Há de se preparar para o momento da glória, há de se preparar para o momento da vitória e realização, escolher tudo a contendo, momento feito de verbos: andar, trabalhar, suar, vencer, só para ver tua cara de ‘James Cameron’. Observando calado o pedestal onde me encontrarei. Aplaudirás-me?!
Parei para pensar porque não te esqueço logo de uma vez, como fiz com tantos outros, que simplesmente já tomaram o caminho do mar, ardendo em chamas, igual aos funerais Vikings.
Encontrei resposta no sábio Nietzsche “Não se odeia quando pouco se preza, odeia-se só o que está à nossa altura ou é superior a nós." E tu és superior a mim. Superior em muitos aspectos. Admito que fosse um modelo para mim, admito também que todo aquele mundo que me mostraste guardei e eu tive vontade verdadeiramente que se tornasse realidade, e acreditei que ele seria sim. Acreditei que finalmente era merecedora da felicidade daqueles dias. Enfim, foste a maior decepção de todas, mas não era para menos, sempre prezaste pela excelência e não seria diferente, pisaste no que eu julgo ser o maior em mim. Quando foste embora, saíste correndo tão rápido, nem arrumaste tua bagunça, apenas disseste tuas palavras duras e secas.
Confesso que me perco imaginando esse dia. Tendo feito dele meta em minha vida. Sonho não. Meta. Os sonhos tiveram que ser deixados para trás, é necessário que eu cresça e me torne uma mulher. Ate porque tu és um homem e mereces uma ‘briga’ de igual.
Tornam-se necessárias várias mudanças, algumas doloridas, mas apesar de minha incredulidade da chegada desse dia, - talvez pela própria demora dos dias, talvez pela formação cristã que me ensinaram, tendo que esperar a ‘justiça divina’, - ontem eu tive a certeza que ele vai chegar. Como que de repente, como que um prenúncio de futuro.
Olha, dispensarei o tapete vermelho, os holofotes hollywoodianos, a estatueta dourada, até o vestido prateado de estilista famoso. Só não dispensarei teu aplauso, teus parabéns, o sorriso falso e o teu aperto de mão, porque o abraço eu dispenso, admito que tenho medo dele, afinal a expressão "apulhalado pelas costas", como símbolo de traição, vem do incidente onde Brutus deu o primeiro golpe por trás do Julio Cesar “até tu Brutus, meu filho?!”.
Vou te ver de cima um dia. E se tudo der certo talvez nem te veja. Mas não se preocupe agirei com a mesma educação tão peculiar a mim, usarei as palavras de Kathryn Bigelow ontem na entrega do Oscar quando disse que o ex marido é muito inspirador, que é bastante agradecida a ele, e acrescentarei “me fizeste chegar até aqui”.

Por Alberta de Melo

terça-feira, 2 de março de 2010

Deus manda a cavalaria

..'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors?.." (Quelqu'un M'a Dit - Carla Bruni)


Nada me toca.

O que eu tenho deixado para os outros é apenas o superficial de mim: os melhores sorrisos, as melhores gargalhadas, o melhor olhar, os melhores abraços, mas nunca são as gargalhadas, os sorrisos, os abraços e os olhares que dediquei a ti, a esses não considero os melhores, a esses eu denomino ‘os teus’.

E ‘os teus’ sempre tinham alguma coisa de especial, particular, sobretudo eram reais e verdadeiros, tinham alguma coisa de necessário e de vital que já não sei te dizer para onde foram, por onde se perderam.

Sei que sempre foste verdadeiro comigo, teus gestos de demonstrar teu querer, por mais contidos que fossem, eram para mim reais e palpáveis, sempre me dedicaste isso e eu sinto que sempre fui tão verdadeira contigo, porque até a mudez habitual pra falar de sentimentos e o olhar centrado de análise eram o meu real. O entusiasmo visível, a vontade de querer ficar do jeito ‘só eu e tu’.

Ontem me peguei rezando, se existe a máxima da verdade que só rezamos diante de uma situação que nada mais depende de nós, que esse é o limite, então pronto admito que ontem a fé me abandonou. Fazia tempo que não me sentia tão só assim, assim eu e Deus. Não costumo fazer prece por mim mesma, mas pedi para que essa fase do ‘nada me toca’ acabe logo, porque isso não pertence a mim. Não me conheço bem, mas definitivamente isso de não sentir não é o meu verdadeiro, não é o meu sublime, e confesso que isso tem me preocupado. E se eu nunca mais sentir nada?! E seu cair na banalização do sentir?! E se eu esquecer e desaprender por falta de treino?! Então venho aqui hoje para que me ajudes e caso saibas rezar te peço para que façamos uma corrente. Reza para que eu possa amar alguém assim como tu já amas, desse jeito pleno e convicto, e grande e espontâneo, com a certeza de que tens tudo que sempre quisestes, julgando-se feliz verdadeiramente. Reza para que eu pare de ser o melhor em tudo para todos e passe a ser dedicada a um único. Reza também para que eu pare de olhar pra trás o tempo todo, como agora, como nos últimos meses, como se o único caminho seguro que percorri foi aquele traçado contigo.

Acho que me tornei como uma estátua de pedra no topo de uma praça, sorrindo. Dando o meu melhor, adornando e divertindo, mas o meu nariz começa a enferrujar, revelando o passar do tempo e a inércia só consegue me deixar ali. Outras vezes me sinto como um bobo da corte tão querido pelos súditos de um rei que já tem uma rainha.

Reza por mim amor. Vai que Deus escuta teu pedido e eu ganhe até o bônus que fará com que as pessoas parem de nos ver como algo que era verdadeiro e eu esqueça definitivamente da idéia de ‘seria ainda possível?’.

Sei que tu não eras perfeito, mas eu me sentia perfeita ao teu lado, porque não merecias o meu melhor, mas porque tinhas o que já era teu, desde sempre.


Por Alberta de Melo



segunda-feira, 1 de março de 2010

Nascer do sol

Não sinto falta
não importa
se fez bem ou se fez mal
não sinto

Faz um kiko de tempo
que não escuto ninguém,
as criaturas nada dizem
faço ouvidos de não querer escutar

Sei que tem gente pior
procurando coisas na lata do lixo
mas tenho pela certeza,
restos não me fazem feliz.

Eu que não procuro nada
encontra só as coisas que me acham
me pegaram pelo pé,
queriam dar um nó e amarrar no pé da mesa
aí surge o problema "tempo!"

Eu até queria por você,
mas não me vejo
amarrada no pé da mesa.
Não posso ver sol nascer atrás da grade.