quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Eu me lembro, em ‘janeiro’ conheci meu amor


“..Havia mil motivos pra eu não estar naquele show
Mas o nosso destino foi escrito
Sob o som de uma banda qualquer
Eu me lembro, em ‘janeiro’ conheci meu amor.”[Los Hermanos - adaptado]




Hoje eu parei para pensar que nunca disse a um amor o quanto eu o amei, mesmo tendo certeza que amei, eu nunca disse para nenhum amor frases celebres, cheias de pompa, de impacto: “Eu te amo, tanto”, “Sou tão feliz contigo”.
Penso que talvez o amor esteja destinado para algumas pessoas com mais facilidades, sabe, facilidades com palavras, e eu não sou muito boa com palavras ditas, acho que tenho com as escritas e olhe lá.
Eu fico pensando se de fato fui amada por alguém que este por sua vez não me disse, talvez ocupado, quem sabe como eu, e ou ainda esquecido, também como eu. E me ocorre que na encarando a mais dura das realidades, talvez eu não seja digna dessa coisinha mínima/máxima que faz o momento ser lembrado por muito tempo.
Queria sair contigo agora e esfriar minha cabeça lesa. Parar de ler esses emails que chegam cobrando coisas e informando sobre coisas que eu não quero saber e/ou comprar. Eles não entendem que eu não preciso de uma chapinha nova, ou de um super ipod nano 16gb, ou de seguros.
Eu queria era que chegasse você por email, dizendo que está na “promoção com 10% de desconto só até amanhã”, porque lógico que você saberia que eu só funciono na pressão, que só desse jeito para eu sair daqui correndo para te garantir.
Fui tua como nunca de ninguém e hoje sei que não tenho medo de te amar, como tive um dia, de te querer bem, como tive um dia, hoje o medo que sinto é o de não te esquecer, tenho medo que fiques aqui me atormentando como o que “quase foi” como o que “quase foi a felicidade que eu quis pra nós”.
Medo de ficar lembrando de ti nas pequenas coisinhas diárias, como hoje, por exemplo, como agora, por exemplo, lembrei dos versinhos dedicados a ti, e dos cheirinhos de esquimó que trocávamos; será sina igual à música tão famosa do Roberto “detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes pra esquecer”.
Esta tudo meio que fora da ordem, eu não estou com você, você não esta comigo.
Queria voltar por aquele caminho que traçamos. E impedir o que não foi de não ter acontecido.
É chegou  janeiro-das-recordações, pressinto terremotos na minha alma.

Por Alberta de Melo


3 comentários:

Nayara .NY disse...

Às vezes a intensidade do momento e da vida não está no que é dito, mas no que é feito, nos pequenos momentos...

Belo texto!
Parabéns pelo blog!
Feliz início de 2010 para você!
Bjos!

Menina de óculos disse...

Gostei do texto.
:)

nessynha disse...

Lili.......Parabéns pelo blog
Muito lindo esse texto!me apaixonei.
as vezes acabamos perdendo pessoas importantes na nossa vida por medo ou vergonha de dizer palavras carinhosas.E isso é uma pena=)
xero.............