Não sei se ocorre com as pessoas em geral, mas eu sinto que as vezes não tenho parte nesse mundo. Penso que quando um relacionamento caminha bem, não existem espaços para terceiros. Ou minha experiência de vida é pouca e eu acredito muito na força dos sentimentos. Penso que o medo perder é um caminho para perder, é quase como o pensamento negativo, que atrai negatividade.
Gosto muito de uma canção de Chico que diz:
“Te perdôo
Por fazeres mil perguntas
Que em vidas que andam juntas
Ninguém faz..”
“Te perdôo
Por te trair” (Mil perdões – Chico Buarque)
Te perdôo, por te trair..é como se Chico disesse que a culpa pela entrada de outra pessoa na nossa vida é sua, e eu lhe perdôo por isso.
Onde você estava?! Com quem você estava?! Que horas você saiu?! Que horas você chegou?! Quem te ligou?! Quem era?!
Eu ouvi poucas vezes esse tipo de interrogatório dentro de minha casa, não me lembro de ver nunca meu pai abrindo bolsa de minha mãe, minha mãe vendo os bolsos de meu pai, nem nunca meu pai perguntar quem tinha ligado para minha mãe.
E eles sempre tiveram seus desentendimentos e suas discursões. Não que minha mãe seja uma mulher perfeita, ou meu pai seja um homem perfeito, muito pelo contrário são seres humanos que têem suas diferenças e suas convicções de vida, mas eu nunca ouvi uma palavra mais grosseira proferida por meu pai dirigindo-se a minha mãe.
Quando alguém fala de respeito eu lembro da minha casa, dos dias tuburlentos de meus pais.
Porque para mim não se pode querer edificar alguma coisa com falta de respeito, falta de consideração.
Nos relacionamentos atuais, as pessoas não são obrigadas a estabelecerem algum compromisso por obrigação, alguém não fica junto de outra pessoa porque está sendo remunerada para isso,isso é uma relação comercial, isso tem outro nome; se elas o fazem é simplesmente pelo sentimento que as une.
Problemas em relacionamentos passados não podem interferir no relacionamento presente, não posso fazer do outro um reflexo do ‘meus’ maus dias, ele/ela não merece.
“Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança.” (Pe Fábio de Melo)
Ter confiança é fundamental até para comprar um produto no supermercado – tal marca é confiável, tal marca não é confiavél, que dirá num relacionamento.
Não gosto de perder tempo falando o obvio.
Gostar verdadeiramente para mim é isso.
Respeito e confiança e bem querer tendendo a infinito.
[alberta de melo]
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