domingo, 31 de janeiro de 2010

Você

Você sempre me da náuseas
você sempre me da.

quando penso em nada
é lá que você está
dentro do meu vazio

E esse nada para fazer
faz com que vc sempre estaja aqui.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

e de tanto amar...mais amor

Parece estranho, lembro seus olhos me fitando
O excesso de silencio que passa dos limites
Por vezes pensei em fazer uma poesia
Outra pensava em atirar-me pela janela

Nunca te faltou sabedoria popular
Diferente de mim, nada poderia haver
25 e muito por falar ainda
65 e pouco compreendo

De Algum modo nos olhares copiados
Na incompatibilidade de gênios
Os passos tão largos, maior que nos mesmas
Essa que seria a prova inquestionável

Todos os dias cada vez mais amor, “ amor para mais de mil”
E estamos apenas esperando o rio passar
trazendo consigo as novas de um amor
que por fim, amantes e estranhas.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Passando a sentir falta dos amigos.

Excesso de desejo e sentimento
me jogaram na parade
fiz a vítima e a santa
retração diante dos dois.

difícil é não ser Lakshmi
não joga ao vento teu pensamento
esse mal pensado
de frases mal feitas.

discrepância entre o amado e o amador
Que você queira de mim
tudo que eu posso te dar
eu não pertenço a você.

façamos, sejamos.
Amigos de varias formas
o que me falta é tua conversa
é o teu teatro e cinema

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

da telepatia e afins


Nunca acreditei muito em destino, tanto é que quando quero alguma coisa, e aqui se entenda qualquer coisa: animadas ou inanimadas, a experiência me mostra que sempre tive que correr muito atrás e fazer acontecer, suar a camisa e como diz Lili ‘dar o gás’ literalmente, mas sutilmente. Ultimamente tenho a impressão que alguma força, seja ela ‘força oculta do universo’ ou da telepatia (como me disseram recentemente) parece estar atuando de uma forma inexplicável. A força da atração.
É essa força que tem me levado a te encontrar sempre nos caminhos de outrora. É a mesma que te leva a me lembrar das situações que vagam na minha cabeça, no meu coração, fixadas nas ‘paredes da memória’. De fato é intrigante. Deliciosamente, intrigante devo confessar, porque das dúvidas que se passam dentro de mim, tem uma perturbadora da minha paz, que fica martelando sempre, incansável: será que te lembras de quando éramos nós e o resto do mundo?! Do que sei é que, quando relatas para mim e lembras o que aconteceu no passado tão presente, tenho a nítida impressão que nós estamos juntos e interligados, de alguma forma e maneira. Telepaticamente talvez.
Somos parecidos demais. E isto tem ficado bastante claro para mim, dia após dia. Sobretudo quando vejo que fazemos coisas exatamente similares, peculiares, particulares mesmo.
Penso que talvez merecemo-nos pela energia e vibração semelhante que emanamos e, por isso, quando estamos razoavelmente próximos um do outro, nos atraímos mutuamente de forma quase irresistível.
O fato é que hoje está claro para mim que tanto eu como tu nos perdemos por aquele caminho.
Sem sombra de duvidas, tu e eu nos perdemos por aquele caminho de encontros e desencontros e dúvidas e certezas, palavras não ditas, presas e as que foram ditas de maneira leviana e misérias de sentimentos e de, sobretudo fartura de sentimentos. Restam dúvidas, ressentimentos, desilusões, espalhados por todos os lados e orgulho, sobretudo orgulho.
Quando te vi juro que me lembrei dessa estrofe de uma música dos Los Hermanos: Ah vai, me diz o que é o sossego, que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar (...). E pensei te acompanhar ate debaixo do dilúvio que deu domingo passado e talvez refazer o caminho de volta quem sabe dessa vez indo adiante e juntos.
As pessoas não sabem quem és. E é uma pena, te esconderes assim, no mínimo. Quando o amor é a busca pelo raro, pelo que está bem além. 

Por Alberta de Melo




quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Eu me lembro, em ‘janeiro’ conheci meu amor


“..Havia mil motivos pra eu não estar naquele show
Mas o nosso destino foi escrito
Sob o som de uma banda qualquer
Eu me lembro, em ‘janeiro’ conheci meu amor.”[Los Hermanos - adaptado]




Hoje eu parei para pensar que nunca disse a um amor o quanto eu o amei, mesmo tendo certeza que amei, eu nunca disse para nenhum amor frases celebres, cheias de pompa, de impacto: “Eu te amo, tanto”, “Sou tão feliz contigo”.
Penso que talvez o amor esteja destinado para algumas pessoas com mais facilidades, sabe, facilidades com palavras, e eu não sou muito boa com palavras ditas, acho que tenho com as escritas e olhe lá.
Eu fico pensando se de fato fui amada por alguém que este por sua vez não me disse, talvez ocupado, quem sabe como eu, e ou ainda esquecido, também como eu. E me ocorre que na encarando a mais dura das realidades, talvez eu não seja digna dessa coisinha mínima/máxima que faz o momento ser lembrado por muito tempo.
Queria sair contigo agora e esfriar minha cabeça lesa. Parar de ler esses emails que chegam cobrando coisas e informando sobre coisas que eu não quero saber e/ou comprar. Eles não entendem que eu não preciso de uma chapinha nova, ou de um super ipod nano 16gb, ou de seguros.
Eu queria era que chegasse você por email, dizendo que está na “promoção com 10% de desconto só até amanhã”, porque lógico que você saberia que eu só funciono na pressão, que só desse jeito para eu sair daqui correndo para te garantir.
Fui tua como nunca de ninguém e hoje sei que não tenho medo de te amar, como tive um dia, de te querer bem, como tive um dia, hoje o medo que sinto é o de não te esquecer, tenho medo que fiques aqui me atormentando como o que “quase foi” como o que “quase foi a felicidade que eu quis pra nós”.
Medo de ficar lembrando de ti nas pequenas coisinhas diárias, como hoje, por exemplo, como agora, por exemplo, lembrei dos versinhos dedicados a ti, e dos cheirinhos de esquimó que trocávamos; será sina igual à música tão famosa do Roberto “detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes pra esquecer”.
Esta tudo meio que fora da ordem, eu não estou com você, você não esta comigo.
Queria voltar por aquele caminho que traçamos. E impedir o que não foi de não ter acontecido.
É chegou  janeiro-das-recordações, pressinto terremotos na minha alma.

Por Alberta de Melo