quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Contabilizando as perdas

E hoje a sensação de derrota me veio muito forte, hoje eu senti como a muito não sentia a questão de perder. Perder mesmo daquelas derrotas sem sombra de duvidas, daquelas que não cabem contestações, daquela perda clara e latente, visível e pior constatar a vitória alheia-digna, na bola, no jogo limpo, por méritos do campeão.
Sempre lidei muito bem com as perdas em geral da vida, pessoas que vão morar longe, amigos que precisam partir, amigos falecidos, familiares, mas certas perdas nos batem mais forte, talvez porque a vontade de ganhar seja tão grande que você não cogite a possibilidade de perder.
Ocorreu-me que um dia assistindo a uma competição de Taekwondo de Natália Falavigna, no Pan do Rio (em que ela ficou com a prata), lembro da expressão dela saindo desolada do local da disputa após a derrota, lembro das pessoas falando ‘que era prata, que também tinha seu valor’, e ela chorando, soluçando, com uma raiva dela mesma de não ter conseguido o objetivo; depois em entrevista ela tentou explicar o porquê daquela reação, relatou que todo dia antes de dormir, no quarto dela, bem em frente à cama, ela tinha colocado a foto da medalha de ouro, aquela foto ali era o objetivo dela, ela se dedicou por aquilo, treinou, deu tudo de si, se entregou. Então compreendi a tamanha tristeza dela em perder, ela tinha sonhado tanto com aquilo que não cogitou a possibilidade de segundo lugar.

por Alberta de Melo

Um comentário:

Eliane Melo disse...

só para efeito de descontração...
"Perdeu playboy..."

Perder é muito ruim, mas veja bem, será é uma pessoa melhor hj ?!

AS perdas podem garantir experiências e futuras vitórias.